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Quando a violência ocorre contra qualquer candidato, todos nós somos atingidos. Leia nota da Febrapsi.

8 / setembro / 2018

Temos uma incipiente democracia. Ainda longe do ideal. Mas é o melhor que conseguimos até aqui. Eleições são os pilares que sustentam esse sistema, e uma das maneiras de aperfeiçoá-lo. O atual processo eleitoral é atingido por posições e reações extremadas. Nossos políticos têm abusado de discursos maniqueístas, o que estimula o ódio e seus consequentes desdobramentos. Em algumas situações, parece que o próprio processo democrático é utilizado para fins que não se coadunam com a democracia.

Crimes por comida, água, território, sexo, poder (…) estão longe de ser a exceção na história da humanidade. Como psicanalistas podemos e devemos tentar entender nossas primitivas reações; entretanto, como bem lembrou Freud em sua entrevista para Viereck: “(…) a psicanálise não apenas nos ensina o que temos que suportar, ela também ensina o que temos que evitar. Ela nos diz o que deve ser eliminado. A tolerância do mal não é, de maneira nenhuma, uma consequência do conhecimento.”

Quem é democrático é contra o discurso violento, assim como também é contra qualquer gesto violento. O democrático é contra a violência e a favor do diálogo. Quando a violência, física ou verbal, ocorre contra qualquer candidato, todos nós somos atingidos e a democracia perde para a barbárie. A Febrapsi repudia esse tipo de ataque. Entende que ele retroalimenta a violência e oferece justificativas para novos ataques contra a democracia, seus defensores e até seus detratores.

 

Anette Blaya Luz

Presidente

 

Hemerson Ari Mendes

Diretor do Conselho Profissional  

 

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